quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Prof. Bruno Leal Resolve - XVII - Mais questões sobre Análise Sintática da FGV

(FGV / MEC / SUPERIOR / 2009) “Com o real, os brasileiros redescobriram o valor do dinheiro e das coisas.”; a frase a seguir em que a preposição com tem o mesmo valor semântico da ocorrência sublinhada é:
(A) Com a chuva, todas as ruas ficaram alagadas.
(B) Os turistas encontraram-se com os amigos no aeroporto.
(C) Todos saímos com os amigos recém-chegados.
(D) Com quem eles viajaram nós não vimos.
(E) Brigaram com os adversários durante horas.

Solução:  Tanto na frase do enunciado quanto na da alternativa a), a preposição com tem valor causal.

GABARITO:  A

(FGV / PREFEITURA DE CAMPINAS / PROFESSOR / 2008) “E se as paredes são feitas de giz
O termo grifado no verso acima exerce a função sintática de:
(A) adjunto adnominal.
(B) complemento nominal.
(C) adjunto adverbial.
(D) agente da passiva.
(E) objeto indireto.

Solução:  Trata-se de um adjunto adverbial de matéria.

GABARITO:  C.

(FGV / MEC / SUPERIOR / 2009) O elemento sublinhado que desempenha o papel de paciente do termo anterior é:
(A) “duas formas de revolução”.
(B) “as lágrimas das populações”.
(C) “novo patamar de desenvolvimento”.
(D) “o valor do dinheiro”.
(E) “o lançamento do real”.

Solução:  A resposta correta é a letra E, pois o real foi lançado, ou seja, sofreu a ação, sendo assim paciente do termo anterior.  Trata-se de um complemento nominal.

GABARITO:  E


(FGV / MINC / AGENTE ADMINISTRATIVO / 2006) Assinale a alternativa em que, respectivamente, a função sintática dos termos Paraisópolis (...aposentasse sua carreira de engenheiro e transformasse Paraisópolis...), na vizinha Paraisópolis (...criado por espanhóis, na vizinha Paraisópolis.) e de Paraisópolis (Joaquín sentiu-se estimulado a dar oficinas de fotografia a jovens e crianças de Paraisópolis.) esteja corretamente indicada.
(A) sujeito – adjunto adnominal – adjunto adnominal
(B) objeto direto – adjunto adverbial – adjunto adnominal
(C) adjunto adnominal – adjunto adnominal – adjunto adverbial
(D) objeto direto – complemento nominal – adjunto adverbial
(E) sujeito – adjunto adverbial – complemento nominal

Solução:  I.  (Ele) transformasse o quê?  Paraisópolis objeto direto.
II.  (Ele foi) criado por espanhóis... onde?  Na vizinha Paraisópolis adjunto adverbial de lugar.
III.  (...) crianças de Paraisópolis adjunto adnominal.

GABARITO:  B

(FGV / SERC MS / ANALISTA DE TI / 2006) Você nunca teve ilusões sobre a humanidade.
O termo destacado no período acima tem a função sintática de:
(A) adjunto adnominal.
(B) adjunto adverbial.
(C) complemento nominal.
(D) objeto indireto.
(E) predicativo do objeto.

Solução:  Você nunca teve ilusões... sobre o quê?  Sobre a humanidade complemento nominal.

GABARITO:  C

(FGV / FNDE / TÉCNICO EM FINANCIAMENTO / 2007) “É precisamente nesse contexto que surgem o direito à intercomunicação, a inteligência coletiva...”
No trecho acima, se grafássemos o segundo A com acento indicativo de crase (à inteligência coletiva), ocorreria uma mudança de função sintática do termo à inteligência coletiva, que deixaria de ser:
(A) sujeito e passaria a ser objeto indireto.
(B) objeto direto e passaria a ser objeto indireto.
(C) complemento nominal e passaria a ser adjunto adverbial.
(D) sujeito e passaria a ser complemento nominal.
(E) objeto direto e passaria a ser complemento nominal.

Solução:  Sem acento indicativo de crase, “a inteligência coletiva” é sujeito:  “É precisamente nesse contexto que A INTELIGÊNGIA COLETIVA (e) O DIREITO À INTERCOMUNICAÇÃO surgem...”.

Com acento, temos o seguinte:  (...) que surgem o direito... a quê?  À INTERCOMUNICAÇÃO, À INTELIGÊNCIA COLETIVA... complemento nominal.

GABARITO:  D

(FGV / SENADO FEDERAL / TÉCNICO LEGISLATIVO / 2008) “‘É inconstitucional!’ Durante o governo FHC, essa era a primeira coisa que a oposição dizia. Durante o governo Lula, a oposição começa sempre pelo bordão: ‘É um atentado às liberdades constitucionais!’”
O termo às liberdades constitucionais se classifica como complemento nominal.

Solução:  É um atentado... a quê?  Às liberdades constitucionais complemento nominal.

GABARITO:  CERTO

(FGV / SENADO FEDERAL / ANALISTA LEGISLATIVO / 2008) “A ordem econômica consagrou princípios vitais: a função social da propriedade, as garantias de livre concorrência, a defesa do consumidor e do meio ambiente e o tratamento fiscal simplificado para micro, pequenas e médias empresas.”
Há, no trecho acima:
(A) três complementos nominais.
(B) dois complementos nominais.
(C) cinco complementos nominais.
(D) quatro complementos nominais.
(E) seis complementos nominais.

Solução:  1)  Consagrou verbo transitivo direto
2)  A ordem econômica sujeito
Ordem núcleo do sujeito
“A” e econômica adjuntos adnominais
3)  princípios vitais objeto direto
princípios núcleo do obj. direto
vitais adjunto adnominal
4)  a função social... aposto
da propriedade adjunto adnominal
de livre concorrência complemento nominal de “garantias”
do consumidor e do meio ambiente complemento nominal de “ defesa” (note o sentido passivo do CN:  o consumidor e o meio ambiente são defendidos)
para micro, pequenas e médias empresas complemento nominal de “tratamento”.

GABARITO:  A

(FGV / SENADO FEDERAL / ANALISTA / TRADUÇÃO E INTERPETAÇÃO / 2008) “Que provocou o maior desastre fiscal da história brasileira, induzindo a disparada do déficit público, da dívida interna e da carga tributária.”
No trecho acima, em relação às ocorrências de complemento nominal, é correto afirmar que há:
(A) três.
(B) quatro.
(C) duas.
(D) uma.
(E) zero.

Solução:  Note a relação de “posse” entre os termos desastre fiscal e história brasileira (o desastre pertence à história). 
Note agora que do déficit público, da dívida interna e da carga tributária têm valor ATIVO:  o déficit, a dívida e a carga dispararam.
Temos, portanto, ADJUNTOS ADNOMINAIS e não complementos nominais. 
Lembre-se:

1º - O AA só se liga a SUBSTANTIVOS (Concretos ou Abstratos);

2º - O AA é um TERMO ACESSÓRIO, isto é, NÃO é exigência de nenhum termo anterior;

3º - O AA é termo ATIVO;

4º - O AA indica POSSE.
GABARITO:  E

(FGV / GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ / DELEGADO DE POLÍCIA / 2010) Assinale a alternativa em que o termo sublinhado tenha função adjetiva.
(A) Característica da nação.
(B) Ameaça de colapso.
(C) Deterioração de valores.
(D) Instituição da escravidão.
(E) Uso de violência.

Solução:  Característica da nação característica NACIONAL.

GABARITO:  A


terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Prof. Bruno Leal Resolve - XVI - Diversas questões da banca FGV sobre Análise Sintática

(FGV / SENADO FEDERAL / TÉCNICO LEGISLATIVO / 2008) “Pela mesma razão, faz cada vez mais parte da cultura política o princípio de que o código próprio ao direito tem de ser preservado e respeitado para que a disputa pelo seu sentido possa se fazer segundo regras de liberdade e de igualdade.”
Com base no trecho acima, analise os itens a seguir:
I. O sujeito de faz é o princípio.
II. O sujeito de tem é o direito.

Solução:  I.  O que é que faz cada vez mais parte da cultura política?  O princípio.  Item CERTO.

II.  O que é que tem de ser preservado?  O código próprio ao direito.  Item ERRADO.


(FGV / BESC / SUPERIOR) Assinale a alternativa em que o termo destacado exerça a mesma função sintática que o termo grifado na seguinte frase: "Os bancos ganharam antes e, sinaliza o governo, vão continuar ganhando.
(A) "Está claro que a redução esperada e projetada da taxa Selic diminuiu a rentabilidade dos bancos..."
(B) "...já que posterga a corrida certa dos bancos em busca da rentabilidade perdida."
(C) "E o risco de emprestar é sempre o de não receber."
(D) "Buscam-se regras e leis para tornar menos 'paternalista' a decisão dos juízes..."
(E) "Ou seja, há uma possibilidade, não desprezível, de o país perder, mais uma vez, uma janela de oportunidade."

Solução:  Quem é que sinaliza?  O governo → sujeito.
Na alternativa a), o que é que diminuiu?  A redução (...) da taxa Selic.  E a redução diminuiu o quê?  A rentabilidade → objeto direto.
Na alternativa b), a corrida certa dos bancos é objeto direto do verbo postergar.
Na alternativa c), o risco de emprestar é o sujeito do verbo ser.

GABARITO:  C

(FGV / MINC / AGENTE ADMINISTRATIVO / 2006) Assinale a alternativa que não exerça a mesma função sintática que as demais.
(A) as horas vagas - Para ocupar as horas vagas...
(B) muito interesse - "Como sempre tive muito interesse em estudar a América Latina...
(C) ritmos afros e ibéricos - ...no qual se misturam ritmos afros e ibéricos.
(D) como vai sobreviver - Sem saber ainda direito como vai sobreviver...
(E) que - "as reservas que acumulei em Nova York estão indo embora".

Solução:  a)  “as horas vagas” é objeto direto do verbo ocupar;
b)  “muito interesse” é objeto direto do verbo ter;
c)  O que é que se misturam?  Ritmos afros e ibéricos → sujeito;
d)  “como vai sobreviver” é objeto direto do verbo saber;
e)  As reservas AS QUAIS acumulei em NY... → temos a palavra que como pronome relativo.  Para descobrirmos a função sintática dele, vamos substituir na oração adjetiva “que acumulei em NY” o “que” pelo seu antecedente, “as reservas”.  Ficamos com “as reservas acumulei em NY”.  Eu (sujeito oculto) acumulei o quê?  As reservas → objeto direto.  Logo, o pronome relativo “que” é objeto direto do verbo acumular.

GABARITO:  C

(FGV / POTIGAS / ESCRITURÁRIO / 2006) Assinale a alternativa em que a palavra não exerça a mesma função sintática que uma frase inconclusa em “como quem aponta uma frase inconclusa”.
(A) Plutão - Perdemos Plutão?
(B) Plutão - Quando expurgou Plutão...
(C) Plutão - Não perdemos Plutão.
(D) um sistema - Perdemos um sistema que, além de Compacto...
(E) Plutão - Esse ponto era Plutão.

Solução:  “Uma frase inconclusa” é objeto direto do verbo apontar.  Plutão é objeto direto, nas alternativas a, b e c, dos verbos perder, expurgar e perder. 
Na alternativa d), “um sistema” é objeto direto do verbo perder e, na alternativa e), Plutão é o sujeito do verbo ser.


(FGV / POLÍCIA CIVIL RJ / INSPETOR / 2008)
“E no alto da torre exibo-te o varal. Onde balança ao léu minh’alma”
A respeito dos versos acima, pode-se afirmar que o pronome te exerce função de objeto indireto.

Solução:  O verbo exibir é bitransitivo, exigindo dois complementos, um direto (o varal) e um indireto (te).
Note que podemos reescrever o período da seguinte maneira:  “E no alto da torre exibo o varal a ti”.

GABARITO:  CERTO.

(FGV / SENADO FEDERAL / ANALISTA ADMINISTRADOR / 2008) No texto, à União (...atribuiu o pertencimento delas à União e conferiu ao Estado o dever de zelar pela sua integridade.) exerce a função sintática de:
(A) adjunto adverbial. (B) objeto indireto.
(C) adjunto adnominal. (D) complemento nominal.
(E) agente da passiva.

Solução:  O verbo atribuir é bitransitivo, exigindo dois complementos, um sem preposição (o pertencimento delas → objeto direto) e um com preposição (à União → objeto indireto).

GABARITO:  B


(FGV / FISCAL DA RECEITA DO ESTADO DO AMAPÁ / 2010) Em termos antropológicos, o jeitinho pode ser atribuído a um suposto caráter emocional do brasileiro / o que favorecia boas relações de comércio e tráfico de influência
Quanto ao emprego de pronomes pessoais, os trechos sublinhados foram corretamente reescritos em:
(A) pode ser-lhes atribuído / as favorecia.
(B) pode ser a ele atribuído / lhes favorecia.
(C) pode ser atribuído a ele / as favorecia.
(D) pode-o ser atribuído / as favorecia.
(E) pode sê-lo atribuído / lhes favorecia.

(FGV / SEFAZ-RJ / FISCAL DE RENDAS / 2008) No trecho “não necessariamente impondo ônus adicionais às gerações futuras”, o termo grifado exerce a função sintática de:
(A) adjunto adverbial. (B) adjunto adnominal.
(C) complemento nominal. (D) sujeito.
(E) objeto indireto.

Solução:  O verbo impor é bitransitivo, pedindo um complemento não preposicionado (ônus adicionais → objeto direto) e um preposicionado (às gerações futuras → objeto indireto).


(FGV / POTIGAS / ESCRITURÁRIO / 2006) A consequência disso seria destruir a figuração popular de um sistema compacto, que aprendemos a reconhecer na infância e que nos conecta à vastidão do cosmo.
As duas ocorrências da palavra QUE no trecho acima exercem, respectivamente, a função sintática de:
(A) objeto direto e sujeito.
(B) sujeito e objeto direto.
(C) sujeito e sujeito.
(D) objeto direto e objeto direto.
(E) objeto indireto e objeto direto.

Solução:  Nas duas ocorrências, o “que” é pronome relativo e, em ambas, tem como antecedente a palavra figuração.

Na primeira ocorrência, vamos substituir na oração adjetiva o pronome que pelo seu antecedente:  Figuração aprendemos a reconhecer na infância → reordenando os termos da oração → Aprendemos a reconhecer a figuração na infância.

Figuração é objeto direto, logo, o primeiro que também exercerá a função de objeto direto.

Na segunda ocorrência, vamos fazer a mesma coisa:  Figuração nos conecta à vastidão do cosmo.  O que é que nos conecta?  A figuração → sujeito, logo, o segundo que exerce a função de sujeito.

GABARITO:  A

(FGV / PREFEITURA DE CAMPINAS / PROFESSOR / 2008)
– Não é cova grande,
é cova medida,
é a terra que querias
ver dividida.
A respeito da estrofe acima, pode-se dizer que o pronome que tem a função de objeto direto.

Solução:  Note a possível substituição do que por a qual:  (...) é a terra A QUAL querias ver dividida.  O “que”, nessa oração, é pronome relativo, tendo como antecedente “a terra”.  Vamos substituir o pronome que pelo seu antecedente:  a terra querias → colocando na ordem direta → Querias a terra. 

Como querer é um verbo transitivo direto, “a terra” é objeto direto, sendo assim, o que igualmente é objeto direto.

GABARITO:  CERTO

(FGV / SENADO FEDERAL / TÉCNICO LEGISLATIVO / 2008) “Uma Constituição democrática mostra vitalidade e legitimidade quando oposição e situação, direita e esquerda, passam a invocá-la em favor das posições que defendem.”
A respeito do trecho acima, pode-se dizer que o termo que se classifica como sujeito.

Solução:  Note a possível substituição do que por as quais:  (...) em favor das posições AS QUAIS defendem.  Logo, o que é pronome relativo, tendo como antecedente “as posições”. 

Substituindo o que pelo seu antecedente, temos:  as posições defendem → colocando na ordem direta → Defendem as posições.  Como “as posições” é objeto direto de defendem, o pronome que também o é.

GABARITO:  ERRADO.

(FGV / POLÍCIA CIVIL RJ / INSPETOR / 2008) “...o Estado pode considerar desnecessária a tradução dos documentos...”
No trecho acima, o termo destacado exerce função sintática de:
(A) predicativo do objeto.
(B) adjunto adverbial.
(C) complemento nominal.
(D) adjunto adnominal.
(E) predicativo do sujeito.

Solução:  Note inicialmente que considerar é um verbo transitivo direto e “a tradução dos documentos”, seu objeto direto.  Perceba agora que “desnecessária” é uma característica, uma qualidade do objeto direto ATRIBUÍDA PELO SUJEITO (o Estado).  Trata-se, pois, de um PREDICATIVO DO OBJETO.
GABARITO:  A

(FGV / POLÍCIA CIVIL RJ / PERITO ENGENHEIRO QUÍMICO / 2008) “Não vale a pena, nessa conjuntura, fragilizar o governo e sua política externa, como se fosse possível tornar esta matéria elemento decisivo para o jogo eleitoral para daqui a dois anos.”
A respeito do trecho acima, analise os itens a seguir:
I. O sujeito do primeiro verbo do trecho é oracional.
II. O termo elemento decisivo tem função de predicativo do objeto.
III. O sujeito do verbo no subjuntivo é oracional.
Assinale:
(A) se apenas os itens I e II estiverem corretos.
(B) se apenas os itens I e III estiverem corretos.
(C) se apenas os itens II e III estiverem corretos.
(D) se nenhum item estiver correto.
(E) se todos os itens estiverem corretos.

Solução:  I.  O que é que não vale a pena?  Fragilizar o governo e sua política externa sujeito.
ITEM CERTO.

II.  Temos que “esta matéria” é objeto direto do verbo tornar, e “elemento decisivo”, uma característica, uma qualidade do objeto direto.  Trata-se, portanto, de um predicativo do objeto.
ITEM CERTO.

III.  O sujeito de “fosse” é “tornar esta matéria elemento decisivo...” .
ITEM CERTO.

GABARITO:  E


(FGV / SENADO FEDERAL / CONSULTOR DE ORÇAMENTO / 2008) “
Ora, o simples fato de o país ter percebido, estupefato, que houve 409.000 interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça...”
O termo estupefato exerce a função de:
(A) predicativo do sujeito.
(B) adjunto adnominal.
(C) adjunto adverbial.
(D) predicativo do objeto.
(E) aposto.

Solução:  Quem é que percebeu?  O país sujeito.  Note que “estupefato” é uma característica do sujeito “país”.  È, pois, um predicativo do sujeito.

GABARITO:  A

(FGV / SENADO FEDERAL / ANALISTA LEGISLATIVO / 2008) Assinale a alternativa que desempenhe, no texto, função sintática idêntica à de possível -... e tornou possível o fato...
(A) ágeis - que aproximaram a Justiça da população e tornaram mais ágeis as decisões.
(B) inassimiláveis - Daí a inserção de matérias Inassimiláveis...
(C) vitais - A ordem econômica consagrou princípios vitais.
(D) ampla - ...a mais ampla Carta dos direitos individuais e coletivos...
(E) importante - Esse pacto, talvez o mais importante de nossa história republicana ...

Solução:  Tanto o termo “possível” quanto “ágeis”, na alternativa a, são predicativos dos objetos “fato” e “decisões”, respectivamente.

GABARITO:  A



terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Questões da Cesgranrio resolvidas sobre uso correto de certas palavras

01. [Problemas Gerais da Língua Culta] (CESGRANRIO / FAFEN / SUPERIOR / 2009)
As razões _________ não simpatizo com você são muitas.
Não faça críticas negativas, _________ se arrependerá.
O que eu disser poderá ser _________ interpretado.
A opção cuja sequência completa, corretamente, as sentenças acima é
(A) por quê – senão – mal
(B) por que – senão – mal
(C) porquê – se não – mal
(D) porque – se não – mau
(E) porque – senão – mau

Solução: 1) As razões POR QUE não simpatizo...

Emprego dos Porquês

POR QUE
A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Equivale a "por qual razão", "por qual motivo":

Exemplos:
Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa.
Por que você comprou este casaco?
Há casos em que por que representa a sequência preposição + pronome relativo, equivalendo a "pelo qual" (ou alguma de suas flexões (pela qual, pelos quais, pelas quais).
Exemplos:
Estes são os direitos por que estamos lutando.
O túnel por que passamos existe há muitos anos.

POR QUÊ
Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que" passa a ser tônico.
Exemplos:
Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê?
Será deselegante se você perguntar novamente por quê!

PORQUE
A forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa.
Exemplos:
Vou ao supermercado porque não temos mais frutas.
Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar?

PORQUÊ
A forma porquê representa um substantivo. Significa "causa", "razão", "motivo" e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo).
Exemplos:
Não consigo entender o porquê de sua ausência.
Existem muitos porquês para justificar esta atitude.
Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê.

2) Não faça críticas negativas, SENÃO se arrependerá.

Use “se não” (união da conjunção se + advérbio não) quando puder trocar por “caso não”, “quando não” ou quando a conjunção “se” for integrante e estiver introduzindo uma oração objetiva direta: Perguntei a ela se não queria dormir em minha casa.

Use “senão” quando puder substituir por “do contrário”, “de outro modo”, “caso contrário”, “porém”, “a não ser”, “mas sim”, “mas também”.

Veja alguns exemplos:

a) Você tem de comer toda a comida do prato, senão é desperdício. (de outro modo)
b) Se o clima estiver bom você vai, senão não vai. (do contrário)
c) Não lhe resta outra coisa senão pedir perdão. (a não ser)
d) Se não fosse o trânsito, não teria me atrasado. (caso não)
e) Não fui eu se não der certo. (caso não)

3) O que eu disser poderá ser MAL interpretado.

A forma mais fácil e eficaz de usarmos corretamente estas palavras é pela oposição, ou seja, utilizando seus antônimos e vendo qual está correto na frase. O adjetivo mau é antônimo de bom e o advérbio mal é antônimo de bem. No caso: O que eu disser poderá ser BEM interpretado.

GABARITO: B



02. (CESGRANRIO / BNDES / SUPERIOR / 2009)

É melhor começar a exercitar a linguagem, _________ o seu relacionamento pode acabar mal.

A pesquisa recentemente realizada pela empresa foi _________ do estresse emocional do trabalhador.

Expliquei-lhe as exigências do atual mercado _________ ele se adaptasse melhor.
A sequência que completa corretamente as frases acima é
(A) se não – a cerca – a fim de que
(B) se não – acerca – afim de que
(C) se não – acerca – a fim de que
(D) senão – acerca – a fim de que
(E) senão – a cerca – afim de que

Solução: 1) É melhor começar a exercitar a linguagem, SENÃO (caso contrário) o seu relacionamento pode acabar mal.
2) A pesquisa recentemente realizada pela empresa foi ACERCA do estresse emocional do trabalhador.

Diferenças entre "Acerca de", "A cerca de" ou "Há cerca de":
1 - "Acerca de" é uma locução prepositiva e equivale a "sobre", "a respeito de". Por exemplo:
Estávamos conversando acerca de educação.
Eles falavam acerca de política.

2 - "A cerca de" indica aproximação.
Por exemplo: Minha família mora a cerca de 2 Km daqui.

3 - "Há cerca de" indica tempo decorrido.
Por exemplo:
Compraram aquela casa há cerca de três anos.
Não nos falamos há cerca de dois meses.

3) Expliquei-lhe as exigências do atual mercado A FIM DE QUE ele se adaptasse melhor.

Afim: Uma palavra que pode ser tanto um adjetivo quanto um substantivo. Sendo adjetivo, é sinônimo de semelhante, parecido, similar, análogo, próximo... Como substantivo é sinônimo de parente por afinidade, aliado, adepto, entre outras.
Exemplos:
O espanhol é uma língua afim com o português.
Nesta fase da vida, não temos objetivos afins.
Artigos de jardinagem e afins.

A fim de: Locução prepositiva é um conjunto de duas ou mais palavras em que a última é uma preposição. De modo que, a fim de exprime intenção ou finalidade, sendo sinônimo de para, com o propósito de, com a intenção de, entre outras. Abaixo alguns exemplos. São eles:
A filarmônica fez um grande ensaio a fim de fazer uma magnífica apresentação neste próximo sábado!
“Não precisamos realizar grandes obras a fim de mostrarmos um grande amor por Deus e pelo próximo. É a intensidade do amor que colocamos em nossos gestos que os torna algo especial para Deus e para os homens.” (Madre Tereza de Calcutá)
O caminho de um líder a fim de conquistar os seus objetivos, tem como base fundamental o respeito.

GABARITO: D


03. (CESGRANRIO / BNDES / MÉDIO / 2008) Assinale a opção em que a palavra destacada está empregada INADEQUADAMENTE.
(A) A empresa discriminou os documentos necessários para a licitação.
(B) Eis porque não conseguimos superar essa crise.
(C) Aonde você pretende chegar com essa atitude?
(D) É iminente a queda da produção.
(E) É aconselhável que você chegue a tempo, senão perderá o prazo da inscrição.
Solução: Discriminar ou descriminar? O verbo discriminar se refere ao ato de estabelecer diferenças, de distinguir e diferenciar. Refere-se também ao ato de separar, segregar e marginalizar, tendo por base essas mesmas diferenças. Pode significar ainda o ato de especificar listando, relacionando, descrevendo, precisando. É muito utilizado para referir discriminações raciais, religiosas, sociais,... O verbo descriminar se refere ao ato de inocentar alguém ou alguma coisa, tirando sua culpa ou crime, ou seja, se refere ao ato de descriminalizar, absolver, isentar, inocentar.

Onde ou aonde? A palavra onde se refere ao lugar em que alguém ou alguma coisa está, ao lugar em que está acontecendo alguma coisa, não indicando movimento. A palavra aonde se refere ao lugar para onde alguém ou alguma coisa vai, indicando movimento.
Onde tem sua origem na palavra em latim unde e indica permanência, não sugerindo movimento. É sinônimo de: em que lugar, em qual lugar, em que parte, no lugar em que,…
Exemplos:
• Onde ele mora?
• Onde está o vestido que te dei?
• Você sabe onde fica essa loja?
• A chave está onde você a deixou.
Aonde é uma palavra formada através da junção da preposição a com a palavra onde: a + onde. Indica movimento, sugerindo a ideia de um destino. É sinônima de: a que lugar, para onde, para que lugar,…
Exemplos:
• Aonde ele foi?
• Aonde você vai usando essa roupa?
• Você sabe aonde eles foram ontem depois do jantar?
• Ainda não sei aonde iremos.
Iminente ou eminente? A palavra iminente se refere a alguma coisa que está prestes a acontecer, ou seja, imediatamente, muito proximamente. A palavra eminente se refere a alguém ou alguma coisa superior, excelente, ilustre, de grande importância.
Iminente tem sua origem na palavra em latim imminens, devendo assim ser escrito com i na primeira sílaba. Também com i deverá ser escrita a palavra iminência, cognatas de iminente. As palavras imediato, urgente, impendente e próximo são sinônimas de iminente.
Exemplos:
Iminente:
A minha passagem a diretor da empresa está iminente.
Temos que evacuar este prédio que está em risco de perigo iminente.
Eminente tem sua origem na palavra em latim eminens, devendo assim ser escrito com e na primeira sílaba. Também com e deverão ser escritas todas as palavras cognatas de eminente: eminência, eminentemente, eminenciar, eminentíssimo. As palavras insigne, superior, ilustre, sublime, excelente, alto, proeminente e elevado são sinônimas de eminente.
Eminente:
A eminente violoncelista deu um concerto magnífico.
O Cristo Redentor aparece eminente no céu do Rio de Janeiro.
De acordo com o que já vimos em questões anteriores, o erro está na letra B. Eis POR QUE (por qual razão) não conseguimos superar essa crise.
GABARITO: B
04.  (CESGRANRIO / PETROBRAS / ADVOGADO / 2010) Segundo o registro culto e formal da língua, há ERRO em
(A) A rua por que transitava o caminhão de lixo estava muito esburacada.
(B) Sentei-me à sombra da mangueira porque precisava descansar.
(C) Os catadores de lixo estão quase sempre brincando, por que?
(D) Só queria saber o porquê de tanta algazarra. 
(E) Saiu correndo porque precisava apanhar logo todos os sacos de lixo.

Solução: O erro está na letra C: Os catadores de lixo estão quase sempre brincando, POR QUÊ?
Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que" passa a ser tônico.

05.  (CESGRANRIO / COMPERJ / 2007)
Marque a frase que se completa corretamente com a primeira das palavras entre parênteses.
(A) Por praticar o esporte em área protegida, teve sua licença _____________ (cassada/caçada).
(B) A _____________ dos guarás foi feita pelos turistas. (discrição/descrição).
(C) O turista ocupou o último _____________ disponível no barco. (acento/assento).
(D) No acampamento, alguém _____________ alimentos. (cosia/cozia).
(E) Logo que o barco foi _____________, partimos. (concertado/consertado).

Solução:  Caçar se refere ao ato de perseguir e capturar animais, bem como ao ato de procurar para prender. Pode significar também o ato de procurar insistentemente, buscar, apanhar ou recolher donativos. Cassar se refere ao ato de anular, invalidar, impedir que alguma coisa aconteça. Pode significar também o ato de apreender algo. 

A palavra descrição se refere principalmente ao ato de descrever e representar algo ou alguém por palavras. A palavra discrição se refere principalmente à qualidade de quem é discreto, modesto e sensato.

O substantivo acento se refere a um sinal gráfico e diacrítico que assinala a tonicidade de uma sílaba, bem como ao timbre, tom de voz e sotaque típico de uma região. Pode significar ainda um destaque dado a alguma coisa. O substantivo assento se refere, principalmente, a um local onde podemos sentar, como um banco ou cadeira, bem como a uma base segura para alguma coisa. Refere-se ainda às nádegas ou à parte da roupa que fica no local das nádegas. Também pode significar um registro ou uma declaração de natureza oficial, bem como juízo e prudência ou paz de espírito. Assento pode ser ainda a forma do verbo assentar conjugado na 1.ª pessoa do singular do presente do indicativo.

O verbo coser é sinônimo de costurar e o verbo cozer é sinônimo de cozinhar. 

A palavra conserto se refere principalmente a uma reparação, restauração ou correção, ou seja, se refere ao ato de reparar alguma coisa, de restaurar algo que está estragado. A palavra concerto de se refere principalmente a uma sessão musical, a uma combinação de sons, vindos de instrumentistas, cantores, orquestras,… ou a algum acordo, um pacto entre várias pessoas.

Logo, o gabarito é a letra A.

06.  (CESGRANRIO / PROMINP / 2007) A ______________ era grande _________ o pacote ia ser desembrulhado.
Completam corretamente a frase os vocábulos:
(A) expectativa e porque.
(B) expectativa e por que.
(C) espectativa e porque.
(D) espectativa e porquê.
(E) espetativa e por que.

Solução:  Espectativa está errado.  A opção correta é a letra A, pois o “porque” equivale a... pois!


GABARITO:  A

07.  (CESGRANRIO / CASA DA MOEDA / MÉDIO / 2009) Qual a forma entre parênteses que completa corretamente a frase?
(A) Gostaria de saber ________ tanta preocupação. (porque)
(B) O convite ________ esperava finalmente chegou. (por quê)
(C) Não havia água ________ o riacho secou. (por que)
(D) Não foste à fazenda ________? (por quê)
(E) ________ os açudes são tão importantes? (Porque)

Solução:  (A) Gostaria de saber POR QUE (motivo pelo qual) tanta preocupação.
(B) O convite POR QUE (pelo qual) esperava finalmente chegou. (por quê)
(C) Não havia água PORQUE (pois) o riacho secou. (por que)
(D) Não foste à fazenda POR QUÊ? (por quê) é o gabarito.
(E) POR QUE (por qual motivo) os açudes são tão importantes? (Porque)

GABARITO:  D

08. (CESGRANRIO / SECAAD / MÉDIO / 2009) Em qual das frases o uso de porque, porquê ou por que está conforme a norma culta da língua?
(A) Estou querendo saber porque você faltou.
(B) Não fui à aula por que estava resfriada.
(C) Não sei o porquê de sua dúvida.
(D) Porque você saiu sem avisar?
(E) Vou ao cinema por que o filme é bom.

Solução:  (A) Estou querendo saber POR QUE (o motivo pelo qual) você faltou.
(B) Não fui à aula PORQUE (pois) estava resfriada.
(C) Não sei o porquê de sua dúvida.   é o gabarito;
(D) POR QUE (Por qual motivo) você saiu sem avisar?
(E) Vou ao cinema PORQUE (pois) o filme é bom.

GABARITO:  C

09. (CESGRANRIO / CASA DA MOEDA / 2005) Considere as frases:
Durante dias, viajaram sentados ________ bancos improvisados, ________ o sol forte das estradas. Cansados, apenas murmuravam algumas palavras ________ a viagem.
As palavras que preenchem corretamente as lacunas das frases acima, na sequência em que elas se encontram, são:
(A) sobre – sob – sobre.
(B) sobre – sob – sob.
(C) sobre – sobre – sob.
(D) sob – sobre – sobre.
(E) sob – sobre – sob.

Solução: A preposição sobre se refere a uma posição de superioridade relativamente a alguma coisa ou alguém e a preposição sob se refere a uma posição de inferioridade relativamente a alguma coisa ou alguém.

As palavras sobre e sob são preposições antônimas. Sobre tem sua origem na palavra em latim super. Sob tem sua origem na palavra em latim sub.

Exemplos:
Sobre:
O caderno e o lápis estão sobre a mesa. (Em cima)
Terão que passar sobre os fios que estão no chão. (Por cima)
Não tenho nada a dizer sobre esse assunto. (Em relação)

Sob:
Enquanto ela viver sob meu teto, obedecerá minhas ordens! (Debaixo)
Eles estão passando sob aquelas estruturas. (Por baixo)
Apenas contei a verdade porque estava sob pressão. (Condição)

Portanto, o gabarito é a letra A.

10. (CESGRANRIO / CITEPE / SUPERIOR / 2009) Indique a opção que apresenta um sinônimo de contaminar e um antônimo de permanente.
(A) Transmitir – constante
(B) Provocar – completo
(C) Contagiar – temporário
(D) Conhecer – descontínuo
(E) Acometer – eficaz

Solução:  Letra D.
11. (CESGRANRIO / BR DISTRIBUIDORA / FORMAÇÃO EM DIREITO / 2010) Em “se sentimos o peso de sermos as únicas criaturas a questionar o porquê das coisas”, encontra-se acentuado o termo “porquê”. Em qual das seguintes frases o acento está empregado corretamente?
(A) Ele não sabe por quê não pergunta.
(B) O motivo de quê ele reclama é absurdo.
(C) Ele reclama não sei de quê.
(D) Seguimos nos perguntando porquê não temos uma resposta definitiva.
(E) São grandes as mudanças porquê o mundo vem passando.

Solução: (A) Ele não sabe POR QUE (motivo pelo qual) não pergunta.
(B) O motivo DE QUE (do qual) ele reclama é absurdo.
(C) Ele reclama não sei de quê. → correto;
(D) Seguimos nos perguntando POR QUE (o motivo pelo qual) não temos uma resposta definitiva.
(E) São grandes as mudanças POR QUE (pelas quais) o mundo vem passando.

GABARITO: C

12. (CESGRANRIO / PETROBRAS / SUPERIOR / 2005) Indique a opção em que as palavras destacadas estão corretamente grafadas de acordo com o sentido na frase.
(A) A descrição é uma qualidade das pessoas educadas./ A discrição feita da testemunha era perfeita.
(B) O espectador presenciou estarrecido o crime. / Viciado em jogo é um expectador diário.
(C) O esperto em televisão ganha muito dinheiro. / O ladrão foi experto em aproveitar a oportunidade.
(D) Velhos sábios fluem todos os momentos da vida. / Os acontecimentos não estão fruindo bem.
(E) É eminente a chegada da luz. / O jogador que se despediu é figura iminente.

Solução: 1) Esperto se refere a uma pessoa inteligente e sagaz, com raciocínio apurado: garoto esperto. Experto se refere a um perito ou especialista numa área: experto em língua portuguesa. Assim, as palavras esperto e experto existem na língua portuguesa e estão corretas. Porém, os seus significados são diferentes e devem ser usadas em situações diferentes

Exemplos:
Ele finge que é burro, mas ele é muito esperto. (esperto = inteligente)
Gostaria de ouvir a opinião de um experto em homeopatia. (experto = especialista)

2) A palavra descrição se refere principalmente ao ato de descrever e representar algo ou alguém por palavras. A palavra discrição se refere principalmente à qualidade de quem é discreto, modesto e sensato.
O substantivo descrição tem sua origem na palavra em latim descriptione, devendo assim ser escrito com e na primeira sílaba. Além de significar uma exposição oral e escrita, bem como uma representação e caracterização pormenorizada, descrição significa também uma enumeração detalhada, sendo sinônimo de exposição, apresentação, detalhamento, caracterização, representação, especificação, discriminação, entre outros.

Exemplos:
A descrição pormenorizada da casa e de seus móveis é, ao mesmo tempo, fascinante e entediante.
A descrição feita pela vítima não correspondia a nenhum dos suspeitos.
Por favor, não preencham a parte da descrição dos critérios observados.
O substantivo discrição tem sua origem na palavra em latim discretione, devendo assim ser escrito com i na primeira sílaba. Além de significar a qualidade de quem é discreto, prudente e modesto, discrição significa também a capacidade de discernir, bem como um desinteresse de tudo que é alheio, sendo sinônimo de circunspecção, reserva, tato, comedimento, compostura, discernimento, juízo, arbítrio e desinteresse, entre outros.

Exemplos:
Agradeço sua discrição relativamente a este assunto.
Todo o processo será tratado com o máximo de sobriedade e discrição.
Discrição nunca foi o ponto forte de Marília, sempre tão extravagante!
A palavra discrição é também muito utilizada na expressão à discrição de, indicando que algo é feito ou está à vontade, à disposição, sem condições.
Exemplos:
Minha casa de praia fica à sua discrição, pode ir descansar com sua família.
Na festa da empresa, teremos bebida e comida à discrição.

3) Fruir se refere principalmente ao ato de desfrutar e usufruir de alguma coisa, aproveitando suas vantagens e benefícios. Fluir se refere ao ato de passar, correr, decorrer e rolar, principalmente quando relativo a tempo ou a substâncias líquidas.

Exemplos:
Vou fruir de um bom copo de vinho. (fruir = desfrutar)
O trânsito vai fluir lentamente por causa das obras. (fluir = correr)

4) Espectador é um substantivo masculino e se refere a uma pessoa que assiste a um espetáculo ou que presencia um acontecimento. Expectador pode ser um substantivo masculino ou um adjetivo e significa alguém que está na expectativa.
A palavra espectador tem sua origem na palavra latina spectatore, devendo assim ser escrita com s. Refere-se a alguém que observa e examina qualquer ocorrência, que vê um espetáculo ou qualquer outro acontecimento, sendo sinônima de testemunha, presenciador, assistente, ouvinte, observador, entre outras. As palavras cognatas de espectador, como espetáculo e espetacular, deverão ser também escritas com s.
Exemplos:
Os espectadores gostaram muito da peça de teatro que assistiram.
O filme já foi visto por milhares de espectadores.
A palavra expectador tem sua origem na palavra latina expectatore, devendo assim ser escrita com x. Refere-se a alguém que tem expectativa que alguma coisa aconteça. As palavras cognatas de expectador, como expectativa e expectante deverão ser também escritas com x.
Exemplos:
Todos que estavam no hospital eram expectadores do nascimento do bebê.
Adoro ovos de chocolate, sou um grande expectador da Páscoa.

Portanto, o gabarito é a letra B.